IBM ajuda a personalizar tratamento de cancro   

 

A IBM vai trabalhar lado a lado com 14 novas clínicas e centros especializados de forma a acelerar o tempo de resposta na identificação e personalização dos tratamentos de pessoas com cancro. A novidade foi avançada no âmbito da conferência “World of Watson”, que decorreu nos últimos dias 5 e 6.
 
De semanas para minutos é quanto as instituições poderão passar a demorar para extrair informações relevantes de ADN ou compreender o perfil genético de uma pessoa, assegura a empresa de tecnologia norte-americana. O sistema cognitivo IBM Watson será a principal ferramenta para esse efeito, ao permitir também recolher dados das publicações médicas no sentido de personalizar as opções de tratamento de cada paciente.
 
A solução vai ajudar os médicos “na identificação das mutações genéticas que estão na base de alguns tipos de cancro, proporcionando ainda aos oncologistas de todo o mundo uma combinação inédita da experiência com a investigação realizada pelos mais conceituados institutos de cancro”, explica a empresa. Além disso, "tornar-se-à muito mais rápido chegar a potenciais tratamentos", como uma nova terapia ou medicamento.
 
A Cleveland Clinic, o Duke Cancer Institute, o McDonnell Genome Institute, na Universidade de Washington, o University of North Carolina Lineberger Comprehensive Cancer Center ou o Yale Cancer Center são algumas das entidades que integram esta parceria. Numa fase inicial, estas instiuições vão aplicar o IBM Watson a dados de ADN de doentes com linfomas, melanomas, cancro do pâncreas, do ovário, do cérebro, do pulmão, da mama e colo-rectal.
 
"Quando lidamos com o cancro, é sempre uma corrida contra o tempo", constatou Lukas Watman, director assistente de genómica oncológica no The McDonnell Genome Institute, na Universidade de Washington, nos Estados Unidos. "Sendo eu próprio um doente oncológico, sei como a informação genética pode ser importante. Infelizmente, traduzir resultados de sequenciação do cancro em potenciais opções de tratamento para um único paciente leva semanas. O Watson parece ajudar a reduzir substancialmente esse tempo”, reconheceu.
 
Segundo o vice-presidente da unidade IBM Watson Health, a tecnologia que será aplicada para a identificação e personalização de tratamentos oncológicos permite lutar contra o cancro "de uma forma que nunca antes foi possível”; e permite aos clínicos tratar mais doentes, uma vez que esta oportunidade “chega a uma parcela muito pequena da população”.