SES investiga 1.200 casos em Itabaiana e 1.000 na região de Monteiro. Doença está sendo diagnosticada como um novo tipo de dengue.
Órgãos públicos ligados à saúde estão investigando, na Paraíba, o aumento da ocorrência de uma doença que tem como um sinal mais aparente o surgimento de manchas vermelhas na pele. A Secretaria Estadual de Saúde (SES) já está avaliando cerca de 1.200 casos apenas em Itabaiana e outros 1.000 na região de Monteiro.
Além das manchas vermelhas, a doença também apresenta outros sinais e sintomas. "Coceira, muita coceira. Coça demais. O corpo todo pinica nas manchas vermelhas”, relatou a vendedora Vera Lúcia Grizotti. "Eu fiquei preocupado. Desde ontem que eu tô com a garganta doendo. Quando foi agora de meio-dia, começou a coceira e a ficar todo intoxicado”, comentou o motoboy Lucimário Luciano de Sousa.
As investigações estão sendo realizadas pela SES com auxílio de uma equipe do Ministério da Saúde. A Secretaria de Saúde de João Pessoa (SMS) também informou que está contribuindo no estudo. A primeira suspeita é de que a doença seja uma novo tipo de dengue.
“Até o momento, todos os casos que já foram avaliados, testados como dengue ou suspeita de sarampo, rubéola ou eritema infeccioso, as amostras, as espécimes clínicas, todas estão dando positivas para dengue. A situação se enquadra dentro de casos para dengue. Porém, ainda continuamos a investigação para saber se todos os casos permanecem mesmo com o quadro clínico de dengue ou nova apresentação da dengue”, explicou a gerente executiva de Vigilância em Saúde da SES, Renata Nóbrega.
De acordo com o gerente de Vigilância Epidemiológica da SMS, Daniel Batista, no período de janeiro a abril ainda não foi confirmado pelo Laboratório Central de Saúde Pública da Paraíba (Lacen-PB) casos de doenças exantemáticas como sarampo, rubéola, eritema infeccioso e chikungunya. “As amostras de sangue coletadas de pacientes são encaminhadas para o Lacen-PB, que realiza a primeira pesquisa para o dengue. Se der negativo, a Vigilância Epidemiológica procede com uma segunda coleta para realização de sorologia e pesquisa de outros vírus”, explicou.
“O objetivo desta ação é investigar os casos, levando em consideração os sinais e sintomas, data de início do exantema, idade e bairro de residência do paciente. A partir deste trabalho, poderemos entender a dinâmica da doença e esclarecer os profissionais de saúde e a população. É importante destacar que a doença notificada pelos serviços de saúde, até o momento, cursa de forma benigna e a Vigilância Epidemiológica segue monitorando todos os casos”, afirmou Daniel Batista.
Surto
Mesmo sem uma definição sobre do que se trata a doença, o especialista em saúde pública, Fernando Chagas, afirma que não pode ser descartado um surto. “No início, meio que ficou subnotificado. So que o número de casos que tem aparecido recentemente tem sido um número de casos significativo e que tem levado a gente a acreditar que pode ser um surto, sim. Em Pernambuco, o pessoal está começando a levantar a possibilidade de ser a forma 4 de dengue, que está se aprensetamdo diferente na nossa população. Talvez de uma forma mais branda, ja que nenhum caso tem evoluído para a forma grave, como acontece com a dengue clássica”, esclareceu o médico.
Segundo Fernando Chagas, o tratamento deve ser feito de acordo com os sintomas e o paciente só deve se medicar com orientação médica. Ele alenta, no entando, que a população não deve ficar apreensiva. Apesar de haver um surto, a doença não oferece grandes complicações.
O que fazer
Apresentando sinais ou sintomas da doença, o doente deve procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima da casa dele. Caso esteja fechada, ele deve recorrer às Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs). João Pessoa tem duas delas: uma em Manaíra e outra no Valentina.
Eritema infeccioso
O infectologista do Hospital Geral da Paraíba (Hapvida Saúde), Alfredo Passalacqua, explicou como diferenciar a dengue do eritema infeccioso. “Normalmente, quando a dengue está no início, a pessoa tem sintomas como dores musculares, retro ocular e nas articulações, sendo as dores musculares as mais intensas. Além disso, as manchas vermelhas normalmente aparecem depois do período de febre. Mas, no eritema infeccioso, as dores articulares são mais comuns, sobretudo nas mulheres, que também apresentam inchaços. Ela pode começar com diarreia, vômito e desaparecer, mas pode aumentar com o exantema (manchas vermelhas) e febre baixa”, esclareceu.
Ele ainda ressaltou que, por serem doenças semelhantes, a diferenciação não é fácil, mas que, com atenção, é possível fazer o diagnóstico. “O aparecimento das manchas vermelhas podem ser um sinal, já que na dengue o início da vermelhidão é no corpo e o eritema infeccioso aparece primeiro no rosto. Uma das formas de diagnosticar com mais precisão é através dos exames laboratoriais, com sorologia do parvo vírus B19", explicou.
O médico ainda alerta que as grávidas devem ter mais cuidado com a doença. “O eritema infeccioso pode ocasionar uma crise aplástica transitória, quando há um bloqueio na produção de hemácias na medula e, a partir do segundo trimestre de gestação, pode causar anemia fetal”, disse.
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