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Suspeita de dengue deflagra novo plano de contingência

Publicado em: 07/11/2014

Fonte: http://www.diariodosudoeste.com.br/ > Por Marcilei Cristina Rossi

Na tarde da quinta-feira (6), profissionais da saúde se reuniram na Câmara Municipal de Pato Branco para abordar o plano de contingência para enfrentamento da dengue e da febre chikungunya.

Elaborado pela equipe da Secretaria Municipal de Saúde, o encontro serviu para o conhecimento e debate dos novos procedimentos de enfrentamento de doenças que ocorrem no verão, bem como a implementação de um protocolo único para os profissionais.

Atualmente existe um caso autóctone de suspeita de dengue que vem sendo investigado no município. Segundo a secretária de Saúde, Antonieta Chioquetta, todas as ações necessárias foram tomadas. Ela também fez questão de salientar que existe a possibilidade de confirmar a doença, mas a mesma pode ser descartada, já que em dois exames distintos os resultados foram diferentes, para tanto uma contraprova ainda é aguardada.

Antonieta destaca que a principal ação contra a dengue e febre chikungunya é a prevenção e, por isso, os agentes de endemias passam a ter uma atuação maior, em regime de escala, o que possibilitará o contato com a população também aos sábados. “Tomamos essa medida uma vez que muitas residências ficam fechadas durante a semana”.

Conforme a diretora do Departamento Vigilância em Saúde, Edinia Burile, este é o momento exato de intensificar as ações contra os mosquitos transmissores de doenças. “As equipes de saúde são a porta de entrada para o atendimento e a Vigilância Sanitária trabalha na parte epidemiológica e preventiva. Só por isso já se justifica nosso treinamento”, disse.

Coordenador de Vigilância Ambiental, Rodrigo Bertol disse que a existência de um caso suspeito de dengue desencadeou o procedimento em vigilância do município. “Com esse caso, observamos que não estamos preparados para agir caso seja necessário”.

Segundo Bertol, o novo plano que foi traçado e envolve a identificação do paciente suspeita, procedimentos de coleta de material para exame, laboratório, atuação dos hospitais, equipes de epidemiologia e vigilância e ainda a quantificação de profissionais, medicamentos e leitos necessários caso haja uma epidemia de dengue.

Conforme Bertol, as equipes de endemias estão constantemente na rua, com 30 agentes. “Pedimos mais uma vez que a população abra as portas das residências para que consigamos fazer nosso trabalho, principalmente porque agora inicia a multiplicação do mosquito pelo calor. Esse momento propício se estende até maio”.

Boletim paranaense
A Secretaria Estadual da Saúde (Sesa) divulgou na quarta-feira (5) um novo boletim sobre a situação da dengue nos últimos três meses no Paraná. Desde agosto, 274 casos da doença já foram confirmados no estado, sendo 258 autóctones e 24 importados.

O superintendente de Vigilância em Saúde, Sezifredo Paz, explica que o momento é de reforçar as ações de controle da doença para que o número de casos não cresça, visto que o verão se aproxima. “Já enviamos o fumacê a Itaúna do Sul e Paranapoema com o intuito de combater o mosquito adulto nestas cidades. Contudo, o mais importante é evitar que o mosquito transmissor se crie, eliminando todo e qualquer recipiente que possa acumular água em casa e nos quintais”, explicou.
Chikungunya

Com características semelhantes à dengue, febre chikungunya também vem alertando as autoridades sanitárias. No Paraná já existem três casos importados da doença, que é transmitida através da picada dos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus (mais facilmente encontrado na área rural).
Segundo Sezifredo Paz, a dengue e o chikungunya representam um risco duplo com a chegada do verão. “A melhor forma de se proteger é manter suas casas livres de criadouros de mosquito. É importante que a população destine pelo menos um momento de sua semana para vistoriar suas casas”, concluiu.

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